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Raposa: Polícia Federal conclui retirada de não índios

Data de publicação: 
16/06/2009
Fonte: 
FSP

A Polícia Federal concluiu a retirada dos não índios da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Com isso, os índios viram cumprida a reivindicação de cerca de três décadas, que exigia a posse exclusiva da terra. Cerca de 50 famílias não índias deixaram a reserva desde março, quando o Supremo Tribunal Federal determinou que decisão do governo federal de 2005 que destinava a área só aos índios fosse mantida. "Recebemos as chaves do último morador ontem [anteontem]", disse o superintendente da PF José Maria Fonseca. Ele afirmou que agentes ficarão na área por cerca de 60 dias. "É só o tempo de Funai e Ibama concluírem [procedimentos]"
FSP, 16/06/2009, Brasil, p.A9.

Último não-índio deixa Raposa Serra do Sol

Data de publicação: 
07/06/2009
Fonte: 
OESP

O último não-índio que ainda resistia na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, capitulou. Na semana passada, o fazendeiro Adolfo Esbell anunciou sua decisão de sair. Com a saída de Esbell, fica inteiramente por conta dos índios a administração do território. Seu primeiro desafio será superar as diferenças. São cinco etnias, com diferentes graus de aculturamento. Eles deram dias atrás o primeiro passo para tentar superar as divergências, com a criação de uma federação, que abriga oito associações indígenas. A primeira assembleia da federação está marcada para o dia 25. "Vamos vigiar a área para evitar novas invasões. Mas também analisar as propostas de construção de uma hidrelétrica e exploração de minérios", disse Dionito de Souza, presidente do CIR
OESP, 07/06/2009, Nacional, p.A9.

Encerrada a colheita de arroz na Raposa Serra do Sol

Data de publicação: 
14/05/2009
Fonte: 
Folha de Boa Vista

A colheita de arroz na antiga fazenda Providência, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol (RR), encerrou na terça-feira passada. Ontem operários e equipamentos agrícolas deixaram a região sob escolta da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança. Desde o dia 6, colheitadeiras, tratores, caminhões e outras máquinas autorizadas pela Justiça trabalhavam na colheita de 400 hectares do grão, avaliada em R$ 3 milhões. A propriedade pertencia ao rizicultor Paulo César Quartiero. De acordo com o superintendente da Polícia Federal, José Maria Fonseca, todo o processo ocorreu conforme previsto, sem registro de incidente
Folha de Boa Vista, 14/05/2009.

Raposa: índios e MST fazem parceria

Data de publicação: 
05/05/2009
Fonte: 
O Globo

O Conselho Indígena de Roraima (CIR) articula parcerias com o MST do Rio Grande do Sul para o cultivo de arroz orgânico na Terra Indígena Raposa Serra do Sol. O CIR também negocia com a Embrapa o acompanhamento da atividade produtiva na área. A definição das parcerias, dos locais de cultivo e dos tipos de plantações a serem desenvolvidas deve acontecer em junho, quando será realizada uma assembleia geral com os líderes da Raposa Serra do Sol. "A gente já sabe que vai ser plantado mandioca, milho, arroz, feijão e melancia", disse Dionito Souza, do CIR. Os índios também planejam desenvolver o turismo na região. "Não vamos ser miseráveis, nem viver de migalhas. Buscaremos parcerias fortes para garantir o que tiver de melhor para as comunidades", disse
O Globo, 05/05/2009, O País, p.5.

Governo fará colheita para líder arrozeiro

Data de publicação: 
04/05/2009
Fonte: 
OESP; O Globo

O desembargador Jirair Meguerian, coordenador da retirada dos não-índios da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, vem mostrando disposição para desarmar conflitos e evitar o aumento de ressentimentos na operação. Foi isso que o levou a autorizar a última parte da colheita de arroz na Fazenda Providência, de Paulo César Quartiero. O desembargador adotou um esquema em que o governo e o rizicultor vão trabalhar juntos. Funcionará da seguinte maneira: o governo requisita as máquinas do fazendeiro e fica responsável pela colheita, mas quem opera as máquinas são os antigos empregados da fazenda. O trabalho, em uma área de 370 hectares, começa na quarta-feira e deve terminar dentro de dez dias. Quartiero, por sua vez, não pode retornar à sua antiga fazenda
OESP, 04/05/2009, Nacional, p.A6; O Globo, 04/05/2009, O País, p.5.

Índios da Raposa negociam parceria com MST

Data de publicação: 
04/05/2009
Fonte: 
FSP

Índios da Terra Indígena Raposa Serra do Sol negociam uma parceria com o MST para aumentar a produção agrícola da área. Segundo Dionito de Souza e Djacir Melquior, do CIR (Conselho Indígena de Roraima), representantes dos sem-terra estão propondo dar assistência técnica gratuita para desenvolver o plantio de arroz orgânico. No mês passado, dois técnicos do MST foram até a Raposa, onde avaliaram as condições para desenvolver esse tipo de cultura, já praticada em larga escala pelos sem-terra gaúchos
FSP, 04/05/2009, Brasil, p.A6.

Futuro da Raposa divide Roraima

Data de publicação: 
03/05/2009
Fonte: 
OESP

Após uma polêmica de 30 anos, a Terra Indígena Raposa Serra do Sol será entregue aos índios nos próximos dias. E agora? Há um grupo que vaticina a catástrofe. Nele, estão os rizicultores, o governador José de Anchieta (PSDB) e a quase totalidade dos políticos do Estado. Para eles, sem a presença dos não-índios, a qualidade de vida dos índios vai piorar. Do outro lado estão a Funai, o CIR e outras organizações não-governamentais e religiosas. Estes acreditam que a Raposa passará por uma fase de desenvolvimento econômico e também de revitalização da cultura indígena, especialmente com a recuperação de suas línguas. E como seria possível obter esse desenvolvimento, além dos programas oficiais de governo? Uma solução proposta pelo presidente do CIR é a regulamentação da mineração em terras indígenas - que está em discussão no Congresso
OESP, 03/05/2009, Nacional, p.A11.

Líder arrozeiro resiste por 7 horas, mas deixa reserva

Data de publicação: 
02/05/2009
Fonte: 
OESP; FSP

A Polícia Federal iniciou sexta-feira a retirada dos moradores não-índios da Terra Indígena Raposa Serra do Sol (RR). O produtor de arroz e líder dos fazendeiros Paulo César Quartiero se recusou a acatar a determinação verbal do delegado para que deixasse as terras. Exigiu ordem escrita da Justiça. Sozinho, o fazendeiro manteve o impasse durante sete horas. Só aceitou sair depois que o desembargador Jirair Megarian, encarregado pelo Supremo de coordenar a retirada dos não-índios, foi à fazenda. Diante da insistência por uma ordem escrita e preocupado em evitar qualquer tipo de confronto, Megarian redigiu ali mesmo um "mandado de desocupação", para ser cumprido "de imediato". Foi só então que o fazendeiro saiu
OESP, 02/05/2009, Nacional, p.A7; FSP, 02/05/2009, Brasil, p.A6.

Arrozeiros protestam em Boa Vista

Data de publicação: 
02/05/2009
Fonte: 
FSP; O Globo

No dia em que venceu o prazo dado pelo STF para que os não índios deixassem a Terra Indígena Raposa Serra do Sol, produtores rurais e moradores que saíram da reserva fizeram uma manifestação pelas ruas de Boa Vista. Com tratores, caminhões e máquinas agrícolas, os manifestantes percorreram ruas da capital. A concentração foi em frente ao palácio do governo. Lá, fizeram discursos contra o governo federal, a Funai e ONGs. Para o secretário de comunicação de Roraima, Rui Figueiredo, o destino dos que deixam a área é um problema. "O que essas famílias farão em Boa Vista? Esse é o grande problema". Os não índios, afirma Figueiredo, terão prioridade para serem reassentados em terras transferidas da União para o Estado
FSP, 01/05/2009, Brasil, p.A8; O Globo, 02/05/2009, O País, p.4.

Índios rivais já discutem "herança" na Raposa

Data de publicação: 
01/05/2009
Fonte: 
FSP

Indígenas de entidades rivais já discutiam quinta-feira, último dia do prazo legal para a saída dos não índios da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, a "herança" de quem deixou a área. Construções abandonadas na vila Surumu (porta de entrada da terra indígena) estão sendo ocupadas por índios da Sodiur (Sociedade de Defesa dos Índios Unidos do Norte de Roraima), que apoiou a permanência dos arrozeiros. O problema é que, para lideranças do CIR (Conselho Indígena de Roraima), organização a favor da saída dos não índios, as chaves dos imóveis deveriam ser dadas à Funai, que depois decidiria o que fazer com eles. Ambos disseram que as diferenças entre as entidades devem aumentar após a retirada completa dos não índios
FSP, 01/05/2009, Brasil, p.A8.